Eitcha nois! Quase dois meses de "férias"! Como se tiram as teias de aranha? Comecemos com um brevíssimo comentário
off-topic sobre a passagem da tchola mais irreverente do país: NINGUÉM mencionou
o comercial proibidão da Suvinil e
a ownagem de Paulo Maluf, as duas maiores contribuições dele para nosso país.
Voltando ao
post — que já estava pronto há bastante tempo —, hoje trago um assunto associado ao
rock, como na
última vez, com a Pitty. Mas não tem nada a ver com ela; hoje quero desabafar sobre o bate-boca sobre a disseminação do
j-rock neste país (bem inútil, por sinal, pois ela é inevitável). Perdoem se o tópico for "especializado" demais, mas alguém tem que falar isso.
Por que eu só me lembrei agora, se isso é polêmica entre os fãs brasileiros de cultura
pop japonesa há anos? Por causa da MTV, senhores. Na sexta-feira 13 (de março), descobri uma coisa que deixou muita gente apavorada, mas não a mim:
a Emetevê tem um blog sobre j-rock1 desde 12 de fevereiro.
É isso aí, música japa na MTV brasileira! Pelo menos no
site. E dá-lhe fã chato entupindo os comentários do
post de estreia. O argumento dessa gentalha, gentalha, gentalha, é o seguinte: eles alegam que, caso a MTV incorpore o
j-rock, o mesmo se tornará "modinha", i. e., se banalizará, e gerará milhões de fãs falsos, os
posers. Ou seja, mesmo a maioria de quem
curte o negócio é contra a sua divulgação via MTV. Curiosamente, não foi sugerida nenhuma outra forma de divulgação… É quase como se
quisessem que permanecesse
underground para sempre. Achei brilhante — tanto que transformei no título — alguém comentando que a modinha não é só o
j-rock, num futuro próximo, mas também, no presente, ter um orgulho imbecil de conhecer o que ninguém mais conhece e "proteger" o seu objeto de adoração do público em geral. Eis a corrosiva síndrome de
underground.
Considero a síndrome muito egoísta, pois priva potenciais fãs de conhecerem a arte. Eu sou um romântico. Acho que vale a pena gerar 500
posers se forem gerados 5 fãs de verdade no processo. O que importa é apenas a quantidade de fãs verdadeiros que surgem com a divulgação em massa. Temer ser chamado de
poser é simplesmente INSEGURANÇA. Ou você é modista, ou você não é, e se você não for, amigão, você não liga pra opinião pública.
Voltando aos comentários do
post, uma minoria também apreciadora do gênero apoia a MTV
sabendo que vai virar modinha, mas movida pelo bom senso econômico: mais divulgação de uma forma de arte barateia tudo relacionado a ela, por isso, o modismo é um pequeno preço a se pagar pela muito maior acessibildade dos verdadeiros fãs ao
j-rock a camisetas, CD's, DVD's, e o mais importants,
shows. Que eu saiba, já rolaram Charlotte, e depois Miyavi, e isso é só o começo… =D
Há também uma turma, maior que a minoria de cima, encalhada no discurso de ódio de que "
visual kei é coisa de
gay"; tal estereótipo homofóbico pode ser ignorado solenemente, não merecendo mais de quatro linhas,
hehe.
Uau, que testamento! E pensar que, de
j-rock, eu só ouço o mais levinho, basicamente o L'Arc en Ciel
2, o Gackt e o The Yellow Monkey. Não sou chegado nos pesadões como o Gazette, o Miyavi, o Malice Mizer (que nem existe mais) e o Moi dix Mois.