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domingo, 12 de outubro de 2014

Uma reflexão emprestada

Eu nunca tento fazer posts especiais de Dia das Crianças, mas por acaso aparecem motivos. Não é a primeira vez.

Muito antes deste mês, eu li Os sofrimentos do jovem Werther, o livro deprê do Goethe que sacudiu a literatura alemã na década de 1770. Quando passei pela carta de 29 de junho, não resisti a fazer um lembrete de transcrever parte dela no próximo 12 de outubro:
[…] estas crianças, que são nossos iguais, que deveríamos considerar nossos modelos, são por nós tratadas como subalternos. Não querermos que elas tenham vontade própria. E nós não a temos? Onde está o nosso privilégio? No fato de sermos mais velhos e mais experientes! Bom Deus do céu, o que vedes são crianças velhas e crianças jovens, nada mais; e Vosso Filho há muito nos ensinou quais são aquelas que vos agradam mais. As pessoas acreditam em Deus, mas não o escutam — o que não é novidade —, e formam a criança à própria imagem […]
É por aí. Há idiotas de todas as idades, e os que não são (literalmente) crianças são os que acham que sabedoria vem automaticamente com a idade.

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